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segunda-feira, 7 de maio de 2012

156 ANOS 
E FREUD AINDA É POP 

Ontem, 6 de maio de 2012, foi um dia importante para a história da psicanálise. O médico austríaco Sigmund Freud nasceu nessa data, há 156 anos. A ele se deve o mais sedutor arcabouço de ideias jamais concebido em toda a história da Ciência - no que diz respeito aos mistérios da mente. Poucos são os que puderam estender sua influência por tanto tempo e por tantas gerações. 

É fantástico saber que alguém que morreu há um século e meio está tão presente em nossas vidas, em nossa cultura, em nosso vocabulário, em nossas relações, em nosso modo de interpretar a vida e a alma humana. 

Instituições, cérebros, vidas inteiras, obras, projetos, pesquisas e - por que não dizer - grandes investimentos, em todo o planeta, têm girado em torno de suas teorias ao longo desses anos.

Recalque. Ego. Inconsciente. Complexo. Castração. Narcisismo. Repressão. Neurose. Depressão. Nos anos 60 e 70, a linguagem freudiana era quase obrigatória no vocabulário cotidiano da classe média mais culta e sofisticada. "Freud explica", se dizia para tudo e qualquer coisa. Hoje, essas expressões, que na verdade têm origem e fundamento em complicadas teses psicanalíticas, se tornaram familiares e rasamente comuns no dia a dia de bilhões de pessoas em todos os recantos da Terra. Embora muita gente sequer saiba de onde e de quem isso veio. 

É espantoso como neste mundo atribulado e indecifrável em que vivemos no início de século XXI, cada vez que paramos para refletir e entender nossas idiossincrasias, ainda somos tocados pelos sinais vigorosos e indeléveis do pensamento freudiano. Freud ainda é um marcante fenômeno da cultura ocidental. Sem dúvida, Freud ainda é pop. 

Sigmund Freud (1856-1939)