RIO +20: o que aconteceu nos 20 anos que a separam da Eco 92
Dados extraídos de relatório oficial do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente demonstram que a Eco 92 valeu mais pelo seu efeito pedagógico do que por resultados concretosClique no link abaixo: Rio +20 - saiba o que aconteceu no planeta nos últimos 20 anos
Arte - Cultura - Comunicação - Economia - Educação - Ciência - Tecnologia - Política - Inovação
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
SOM, ESPAÇO E MOVIMENTO: O CINEMA NA SUA ESSÊNCIA E A INVENÇÃO DE UM NOVA ESTÉTICA
Li em algum lugar que "Singing in the rain" (Cantando na chuva), o filme, comemora 60 anos. Não o vi, tinha apenas 5 anos quando foi lançado. Mas a cena de Gene Kelly cantando a canção de Arthur Free e Herb Brown no meio da rua constitui um dos momentos mais extraordinários da arte do cinema de todos os tempos. Sou apaixonado por esta cena desde que a vi pela primeira vez, há muitas décadas. Percebam o travelling (a viagem) da câmera. Aproxima-se e fecha no detalhe do sorriso de Gene Kelly e logo se abre para toda a amplitude do cenário, depois se afasta novamente para que o guarda-chuva gire infinitamente. As sensações brotam da tela e capturam nossas mentes e corações. "Singing in the rain", na minha opinião, inaugura o cinema moderno, tal como o conhecemos. Essa dinâmica de som, espaço e movimento, que combina de forma arrebatadora emoção e significado, tem aí o seu ponto culminante. O cinema dos anos cinquenta descobriu que um poste de luz não é apenas um poste de luz, não é apenas um objeto estático que decora o cenário. Um poste é, sobretudo, um ponto de apoio para subir, abrir os braços e saltar ao chão. Um poste de luz, no cinema, pode ser, na verdade, um pretexto para a ação, para o gesto, para o movimento. Tudo é ação: a vitrine da loja, o cordão da calçada (meio-fio), a água da chuva, os transeuntes, cada elemento do cenário está a serviço dessa lógica que vê no movimento uma forma de linguagem. Música, letra, interpretação, voz, dança, sapateado, cenário, coreografia, atores, personagens, fotografia, cor, luz, ritmo, tempo, montagem, sequência, som e movimento - em nenhum outro momento da história do cinema todos esses elementos foram reunidos em uma só cena com perfeição tão absoluta. Assistam e ouçam, levantem o som do computador, é o cinema puro, na sua mais definitiva forma de expressão. É intocável, é uma relíquia do século XX. É a invenção de uma estética que sobreviveu ao século XXI. Ninguém fez melhor até hoje. Em qualquer tempo e lugar.
Li em algum lugar que "Singing in the rain" (Cantando na chuva), o filme, comemora 60 anos. Não o vi, tinha apenas 5 anos quando foi lançado. Mas a cena de Gene Kelly cantando a canção de Arthur Free e Herb Brown no meio da rua constitui um dos momentos mais extraordinários da arte do cinema de todos os tempos. Sou apaixonado por esta cena desde que a vi pela primeira vez, há muitas décadas. Percebam o travelling (a viagem) da câmera. Aproxima-se e fecha no detalhe do sorriso de Gene Kelly e logo se abre para toda a amplitude do cenário, depois se afasta novamente para que o guarda-chuva gire infinitamente. As sensações brotam da tela e capturam nossas mentes e corações. "Singing in the rain", na minha opinião, inaugura o cinema moderno, tal como o conhecemos. Essa dinâmica de som, espaço e movimento, que combina de forma arrebatadora emoção e significado, tem aí o seu ponto culminante. O cinema dos anos cinquenta descobriu que um poste de luz não é apenas um poste de luz, não é apenas um objeto estático que decora o cenário. Um poste é, sobretudo, um ponto de apoio para subir, abrir os braços e saltar ao chão. Um poste de luz, no cinema, pode ser, na verdade, um pretexto para a ação, para o gesto, para o movimento. Tudo é ação: a vitrine da loja, o cordão da calçada (meio-fio), a água da chuva, os transeuntes, cada elemento do cenário está a serviço dessa lógica que vê no movimento uma forma de linguagem. Música, letra, interpretação, voz, dança, sapateado, cenário, coreografia, atores, personagens, fotografia, cor, luz, ritmo, tempo, montagem, sequência, som e movimento - em nenhum outro momento da história do cinema todos esses elementos foram reunidos em uma só cena com perfeição tão absoluta. Assistam e ouçam, levantem o som do computador, é o cinema puro, na sua mais definitiva forma de expressão. É intocável, é uma relíquia do século XX. É a invenção de uma estética que sobreviveu ao século XXI. Ninguém fez melhor até hoje. Em qualquer tempo e lugar.
terça-feira, 26 de junho de 2012
GASOLINA: NÃO TEM AUMENTO, NÃO TEM MILAGRE, NÃO TEM ESTRADA
O preço da gasolina aumentou ontem nos postos. Ninguém sentiu. A gasolina aumentou 7,83%. Mas, para esse aumento não aparecer, um imposto foi zerado: a Cide*. Os recursos da Cide têm dois destinos : a) investimentos do governo em tecnologia ambiental para combater o efeito de combustíveis fósseis (CO2) e b) estradas. Esses recursos, com o zeramento da Cide, simplesmente não existirão. Menos estradas conservadas e mais CO2 no ar. O consumidor - como consumidor de gasolina - não perde. Mas perde como usuário de estrada e perde na qualidade do ar que respira. Quer dizer: milagre não existe. Não tem aumento, não tem milagre, não tem estrada.
*Contribuição sobre intervenção no domínio econômico.
O preço da gasolina aumentou ontem nos postos. Ninguém sentiu. A gasolina aumentou 7,83%. Mas, para esse aumento não aparecer, um imposto foi zerado: a Cide*. Os recursos da Cide têm dois destinos : a) investimentos do governo em tecnologia ambiental para combater o efeito de combustíveis fósseis (CO2) e b) estradas. Esses recursos, com o zeramento da Cide, simplesmente não existirão. Menos estradas conservadas e mais CO2 no ar. O consumidor - como consumidor de gasolina - não perde. Mas perde como usuário de estrada e perde na qualidade do ar que respira. Quer dizer: milagre não existe. Não tem aumento, não tem milagre, não tem estrada.
*Contribuição sobre intervenção no domínio econômico.
domingo, 24 de junho de 2012
POBRE LUGO, POBRE PARAGUAI, POBRE DEMOCRACIA
O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, construiu sua formação política a partir de vertentes da esquerda latino-americana que tiveram sua vigência nos anos 60 e 70. A corrente política da qual ele é originário, embora sincera, ignorou cruciais mudanças ocorridas no mundo nas últimas décadas. Quando uma ideia ou um método estão fora de seu tempo e lugar, ao invés de produzir soluções, acabam produzindo apenas crise, impasse, imobilidade e, quase sempre, o pior: um efeito contrário aos seus objetivos.
O discurso político sustentado por Lugo, no entanto, mesmo envelhecido e incapaz de garantir na prática avanços reais àqueles a quem pretendeu defender, foi inegavelmente o discurso que o elegeu. Diferentemente do que aconteceu em outros lugares, Lugo não pode ser acusado de ter vencido com um discurso e governado com outro. Não. Lugo foi rigorosamente coerente com o sucesso político de seus dogmas e de seu anacronismo. Colocou em prática o seu discurso: o mesmo que o levou ao epicentro do poder também o levou ao abismo.
Nunca é demasiado reafirmar: o mundo mudou, mas a transformação social continua uma necessidade urgente e absolutamente inadiável. As diferenças, os dramáticos desníveis de acesso aos meios de produção e à renda não desapareceram. A miséria e a injustiça constituem ainda a amarga realidade de imensas parcelas desta América Latina.
Hoje, no entanto, a ruptura com esse estado de coisas passa por outras formas de luta. Há muito mais avanço, há muito mais mudança e transformação social em políticas públicas lastreadas na cooperação do que nas ações engendradas a partir do conflito e da ruptura. A governabilidade hoje é essencial à defesa dos excluídos. Destruir a governabilidade é destruir os instrumentos de luta dos menos favorecidos.
A erradicação da pobreza depende hoje da capacidade de se produzir consenso em torno de um projeto comum e socialmente solidário, que se construa em um ambiente de diálogo, confiança e soluções negociadas, um ambiente favorável aos investimentos, ao crescimento econômico, à geração de empregos, à legitimação e viabilização da pequena propriedade agrícola. Ou seja: em uma democracia de mercado na qual o Estado não abra mão de seu necessário papel de iniciativa e coordenação em defesa do bem comum.
Diante do desfecho surpreendente da crise política do Paraguai, é importante deixar claro: Lugo tem uma visão política extemporânea, superada - equivocada, talvez - mas não criminosa. Mesmo que seus movimentos de governo tenham sido vacilantes, erráticos e contraditórios, a decisão-relâmpago de subtraí-lo da presidência não deixou de causar estranheza e mal-estar. Mesmo que tenha sido por meios constitucionais e pela maioria das duas casas do Congresso. Os instrumentos que a democracia inventou para resolver esses equívocos são outros: a organização política, a liberdade de expressão, o debate, o diálogo e o voto.
Diante do desfecho surpreendente da crise política do Paraguai, é importante deixar claro: Lugo tem uma visão política extemporânea, superada - equivocada, talvez - mas não criminosa. Mesmo que seus movimentos de governo tenham sido vacilantes, erráticos e contraditórios, a decisão-relâmpago de subtraí-lo da presidência não deixou de causar estranheza e mal-estar. Mesmo que tenha sido por meios constitucionais e pela maioria das duas casas do Congresso. Os instrumentos que a democracia inventou para resolver esses equívocos são outros: a organização política, a liberdade de expressão, o debate, o diálogo e o voto.
Se vivesse no Paraguai, provavelmente não teria votado em Fernando Lugo. Mas também de modo nenhum apoiaria sua destituição.
sábado, 16 de junho de 2012
É SIMPLES, MAS FICARÁ PARA SEMPRE
Sabe em que estou pensando? Em uma grande mulher. Uma mulher que, através de palavras que ganharam vida e ganharam mundo, produziu uma nova ética intergeneracional para o nosso tempo. E para todos os povos.
É incrível: certas palavras ou expressões nascem com o dom da hiperssignificação. Isto é: são absolutamente certeiras, precisas e particularmente vigorosas em relação ao conteúdo que querem expressar. Uma vez assimiladas, correm o mundo, andam por todas as bocas e textos, em qualquer língua, em qualquer dialeto, ganham vida própria, tornam-se emblemáticas, infalíveis. Em qualquer lugar, basta mencioná-las para dizer muito, e até, em alguns casos, dizer tudo que se quer dizer. Esta senhora, que costuma atender pelo nome de Gro, foi quem cunhou e definiu a expressão "desenvolvimento sustentável", há 25 anos atrás, em um relatório que elaborou e apresentou junto à ONU. Gro é Gro Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e extraordinária militante mundial do ambientalismo. O conceito de desenvolvimento sustentável está lastreado em uma visão generosa e humanista, e foi capaz de produzir uma nova ética intergeneracional: é preciso atender às necessidades das gerações atuais sem comprometer as necessidades vitais das gerações futuras. Desenvolvimento sustentável. É simples, mas ficará para sempre.
Sabe em que estou pensando? Em uma grande mulher. Uma mulher que, através de palavras que ganharam vida e ganharam mundo, produziu uma nova ética intergeneracional para o nosso tempo. E para todos os povos.
É incrível: certas palavras ou expressões nascem com o dom da hiperssignificação. Isto é: são absolutamente certeiras, precisas e particularmente vigorosas em relação ao conteúdo que querem expressar. Uma vez assimiladas, correm o mundo, andam por todas as bocas e textos, em qualquer língua, em qualquer dialeto, ganham vida própria, tornam-se emblemáticas, infalíveis. Em qualquer lugar, basta mencioná-las para dizer muito, e até, em alguns casos, dizer tudo que se quer dizer. Esta senhora, que costuma atender pelo nome de Gro, foi quem cunhou e definiu a expressão "desenvolvimento sustentável", há 25 anos atrás, em um relatório que elaborou e apresentou junto à ONU. Gro é Gro Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e extraordinária militante mundial do ambientalismo. O conceito de desenvolvimento sustentável está lastreado em uma visão generosa e humanista, e foi capaz de produzir uma nova ética intergeneracional: é preciso atender às necessidades das gerações atuais sem comprometer as necessidades vitais das gerações futuras. Desenvolvimento sustentável. É simples, mas ficará para sempre.
Gro Brundtland |
quinta-feira, 14 de junho de 2012
ELIZABETH E PORTIA: A RAINHA DA JAMAICA E OS CAMINHOS INSONDÁVEIS DE UMA DEMOCRACIA
Meu filho às vezes fecha a porta do quarto e mergulha por horas e horas no som de Bob Marley. Acho isso fantástico, não só porque me faz feliz saber que ele cultua os melhores valores da música, mas também pelo fato simples e espantoso de que, quando Marley morreu, ele ainda não havia nascido. É impressionante: volta e meia, a Jamaica entra em minha casa. A fulgurante Jamaica, a pátria do reggae, a terra do gênio incomparável de Bob Marley, o país de Usain Bolt, o homem mais veloz que o vento. Pensava justamente nisso quando me deparei com esta magnífica foto do fotógrafo Chris Levine, que está sendo exposta na Galeria Saatchi, de Londres, reproduzindo a austera figura de Elizabeth II. Logo me veio à mente o fato de que, exatamente há 50 anos, por vontade divina - dizem os documentos reais - e por livre consentimento do seu povo, a serena e impávida Elizabeth é a Rainha da Jamaica. É interessante, porque a Jamaica presta reverência a Sua Majestade, mas nem por isso deixou de ser um Estado independente e democrático, hoje sob a égide da poderosa primeira-ministra Portia Simpson-Miller, eleita pelo voto de seus compatriotas, à frente de um partido de orientação socialista, o Partido Nacional do Povo. Nem por isso a voz da sua gente deixou de chegar aos quatro cantos do mundo. Olho para essas duas mulheres e constato que elas são profundamente díspares, são contraditórias, sim - mas talvez não sejam excludentes entre si. E aí me dou conta do quanto insondáveis podem ser os caminhos de uma democracia - e ainda assim ser uma verdadeira e incontestável democracia.
Clique na foto para ampliar |
terça-feira, 12 de junho de 2012
SEU NAMORADO
Seu namorado / Ri à toa e ninguém nota / Ele dá pulo e cambalhota / Se você o abraça / E diz que nada mais importa. / Seu namorado / É bobo de feliz / Ele mesmo é quem me diz / A felicidade / Fica a um palmo do nariz. / Enfim, eu fiz somente / Estes versos pra dizer / O quanto a vida já me deu / Pois felizmente / Seu namorado / Sou eu. (JF)
Seu namorado / Ri à toa e ninguém nota / Ele dá pulo e cambalhota / Se você o abraça / E diz que nada mais importa. / Seu namorado / É bobo de feliz / Ele mesmo é quem me diz / A felicidade / Fica a um palmo do nariz. / Enfim, eu fiz somente / Estes versos pra dizer / O quanto a vida já me deu / Pois felizmente / Seu namorado / Sou eu. (JF)
sábado, 9 de junho de 2012
The future is forever - World IPv6 Launch
6 DE JUNHO DE 2012
DIA DO LANÇAMENTO MUNDIAL DO IPv6
Clique aqui: June, 6 - 2012
DIA DO LANÇAMENTO MUNDIAL DO IPv6
Visite o site e infome-se pessoalmente no link abaixo.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
TUDO QUE É SÓLIDO SE DESMANCHA NO AR
Vivemos tempos de fulminante obsolescência. Tudo se torna arcaico, velho, superado, em segundos. Porque algo extraordinário foi criado em seu lugar.
O som que pode ser ouvido abaixo há poucos anos (pouquíssimos) era a forma de acesso à internet (discagem telefônica). Você tinha que ter o número do telefone do provedor, possuir uma conta, uma senha e operar a discagem a cada acesso. Se a linha caísse, tinha que começar tudo de novo. Apenas para recordar esse nostálgico passado, ouça a seguir.
Clique no link abaixo:
Um som que você ouviu muito na internet. Claro, depende da sua idade.
Vivemos tempos de fulminante obsolescência. Tudo se torna arcaico, velho, superado, em segundos. Porque algo extraordinário foi criado em seu lugar.
O som que pode ser ouvido abaixo há poucos anos (pouquíssimos) era a forma de acesso à internet (discagem telefônica). Você tinha que ter o número do telefone do provedor, possuir uma conta, uma senha e operar a discagem a cada acesso. Se a linha caísse, tinha que começar tudo de novo. Apenas para recordar esse nostálgico passado, ouça a seguir.
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Um som que você ouviu muito na internet. Claro, depende da sua idade.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
RUMO AO INFINITO
UMA NOVA INTERNET A PARTIR DAS 00:01 GMT
Para alguns vai parecer a mesma coisa. Mas a partir da meia-noite de hoje está em marcha um processo na internet que é uma verdadeira revolução tecnológica. Às 00:01, horário de Greenwich, passou a funcionar um novo sistema de protocolos que vai substituir o atual. Essa mudança, provavelmente imperceptível, vai permitir que sejam criados, daqui para o futuro trilhões de novos endereços na rede. Cada computador que se integra à internet o faz através de um protocolo e passa a ter um endereço. O atual sistema IPv4 permite que existam apenas 4 bilhões de endereços de aparelhos na internet. O novo sistema, o IPv6, que entra hoje, permitirá mais do que 240 bilhões de endereços de computadores em todo o planeta.
Como é visto o endereço IP hoje:
216.27.61.138
Como será visto no novo protocolo:
3ffe:1900:4545:3:200:f8ff:fe21 :67cf
UMA NOVA INTERNET A PARTIR DAS 00:01 GMT
Para alguns vai parecer a mesma coisa. Mas a partir da meia-noite de hoje está em marcha um processo na internet que é uma verdadeira revolução tecnológica. Às 00:01, horário de Greenwich, passou a funcionar um novo sistema de protocolos que vai substituir o atual. Essa mudança, provavelmente imperceptível, vai permitir que sejam criados, daqui para o futuro trilhões de novos endereços na rede. Cada computador que se integra à internet o faz através de um protocolo e passa a ter um endereço. O atual sistema IPv4 permite que existam apenas 4 bilhões de endereços de aparelhos na internet. O novo sistema, o IPv6, que entra hoje, permitirá mais do que 240 bilhões de endereços de computadores em todo o planeta.
Como é visto o endereço IP hoje:
216.27.61.138
Como será visto no novo protocolo:
3ffe:1900:4545:3:200:f8ff:fe21
terça-feira, 5 de junho de 2012
Dia Mundial do Meio Ambiente
LOVELOCK, A HIPÓTESE GAIA E O NASCIMENTO DE UMA NOVA ÉTICA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA
A idéia de maternidade vinculada à Terra vem do fundo dos tempos. Vem dos primórdios da história humana. Gaia, segundo a mitologia grega, é a deidade absoluta e primeira: é nela que se contém a simbologia original da vida. Gaia é a Terra. É a Natureza, a Mãe, o Cosmos, o abrigo, o alimento, a água, o fogo e o ar. A deusa Gaia é a alegoria da criação e da destruição e é, ao mesmo tempo, a fonte de todo equilíbrio. Urano concebeu no seio de Gaia dois filhos: Oceanus, o mar, e Chronos, o tempo. Nós, os seres humanos, como indivíduos, somos hóspedes transitórios, mas a vida humana está integrada de forma permanente a um modelo biológico que se define na nossa relação de intercâmbio e convivência com a imponente Gaia. O mecanicismo e a termodinâmica não são mais suficientes para explicar o destino do planeta.
Por isso lembrei-me da figura de James Lovelock. Ele tem muito a ver com o novo ciclo de consciência ecológica que a humanidade passou a viver a partir da segunda metade do século XX. Da cabeça privilegiada de Lovelock saiu a Hipótese Gaia, uma teoria científica segundo a qual a Terra (Gaia) não é apenas um imenso astro boiando no espaço, mas sim um organismo vivo e autorregulável. Gaia rege os processos de fertilidade, crescimento, vida e morte de tudo que sobre ela existe. Como uma grande e poderosa mãe, com a qual temos que viver com respeito e em harmonia, de forma integrada e interativa.
Lovelock e a sua parceira Lynn Margullis fizeram a ciência do século XX e início do XXI olhar com mais respeito para esse ser homeostático, biologicamente reativo, que é a Terra. Suas idéias ajudaram a criar uma nova ética ambiental contemporânea - e a visão de Gaia está, sem dúvida, na base do movimento ambientalista mundial, tal como o conhecemos hoje.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, vale a pena lembrar o papel histórico que cumpriram, independentemente da controvérsia ou polêmica que possam ter gerado.
LOVELOCK, A HIPÓTESE GAIA E O NASCIMENTO DE UMA NOVA ÉTICA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA
A idéia de maternidade vinculada à Terra vem do fundo dos tempos. Vem dos primórdios da história humana. Gaia, segundo a mitologia grega, é a deidade absoluta e primeira: é nela que se contém a simbologia original da vida. Gaia é a Terra. É a Natureza, a Mãe, o Cosmos, o abrigo, o alimento, a água, o fogo e o ar. A deusa Gaia é a alegoria da criação e da destruição e é, ao mesmo tempo, a fonte de todo equilíbrio. Urano concebeu no seio de Gaia dois filhos: Oceanus, o mar, e Chronos, o tempo. Nós, os seres humanos, como indivíduos, somos hóspedes transitórios, mas a vida humana está integrada de forma permanente a um modelo biológico que se define na nossa relação de intercâmbio e convivência com a imponente Gaia. O mecanicismo e a termodinâmica não são mais suficientes para explicar o destino do planeta.
Por isso lembrei-me da figura de James Lovelock. Ele tem muito a ver com o novo ciclo de consciência ecológica que a humanidade passou a viver a partir da segunda metade do século XX. Da cabeça privilegiada de Lovelock saiu a Hipótese Gaia, uma teoria científica segundo a qual a Terra (Gaia) não é apenas um imenso astro boiando no espaço, mas sim um organismo vivo e autorregulável. Gaia rege os processos de fertilidade, crescimento, vida e morte de tudo que sobre ela existe. Como uma grande e poderosa mãe, com a qual temos que viver com respeito e em harmonia, de forma integrada e interativa.
Lovelock e a sua parceira Lynn Margullis fizeram a ciência do século XX e início do XXI olhar com mais respeito para esse ser homeostático, biologicamente reativo, que é a Terra. Suas idéias ajudaram a criar uma nova ética ambiental contemporânea - e a visão de Gaia está, sem dúvida, na base do movimento ambientalista mundial, tal como o conhecemos hoje.
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sábado, 2 de junho de 2012
A CASA DO MEU AVÔ
Dizem que o paraíso só vem / Depois de a gente envelhecer / E deixar esse mundo. / Mas eu devo lhe dizer / A saudade dói lá no fundo / Quando lembro a casa do meu avô. / Aquilo, sim / Era um paraíso, sim senhor. / Tanta liberdade, tanta brincadeira / Cada minuto era uma vida inteira / Eu era quase um passarinho / E a felicidade foi meu ninho. / Eu era muito guri / E ainda nem sabia viver / E o melhor só descobri / Agora, depois de crescer / Pra ir pra aquele paraíso / Nem era preciso morrer. (JF)
Clique no link abaixo para ouvir:
A casa do meu avô
Ao violão: Cau Netto.
Dizem que o paraíso só vem / Depois de a gente envelhecer / E deixar esse mundo. / Mas eu devo lhe dizer / A saudade dói lá no fundo / Quando lembro a casa do meu avô. / Aquilo, sim / Era um paraíso, sim senhor. / Tanta liberdade, tanta brincadeira / Cada minuto era uma vida inteira / Eu era quase um passarinho / E a felicidade foi meu ninho. / Eu era muito guri / E ainda nem sabia viver / E o melhor só descobri / Agora, depois de crescer / Pra ir pra aquele paraíso / Nem era preciso morrer. (JF)
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A casa do meu avô
Ao violão: Cau Netto.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
QUEBRANDO A CABEÇA, QUEIMANDO A MUFA, ESQUENTANDO A MORINGA - O fim de uma tradição de 151 anos na poupança.
Para entender como funciona a complicada engenharia financeira da Selic, Tr, Copom, Cdb, juros e poupança na nossa economia, elaborei um curto texto e anexei uma imagem gráfica. Vejam: a caderneta de poupança foi criada por D. Pedro II em 1861. Ao criar um sistema nacional para atrair os pequenos poupadores, D. Pedro tratou de assegurar por lei que o governo sempre haveria de pagar 0,5% ao mês como rendimento mínimo da caderneta de poupança. Essa longa e histórica tradição, que perdurava desde os tempos do Império, acaba de ser quebrada pelo governo federal. Desde o dia 4 de maio deste ano, não está mais assegurado o rendimento de 0,5% ao mês para os depósitos em poupança. Ou seja: o rendimento poderá ser menor do que 0,5%. O objetivo dessa política é: 1º) Estimular o consumo (a poupança rende pouco, tire da poupança e gaste) É notória a queda da atividade econômica no país. 2º) Poder baixar a taxa de juros oficial do Banco Central (taxa Selic), sem ser obrigado a continuar pagando rendimento fixo às cadernetas de poupança, o que daria prejuízo ao governo. 3º) Evitar que investidores de outros fundos de investimento se transfiram em massa para a caderneta de poupança (o que fariam se o rendimento mínimo continuasse assegurado), situação em que o governo também sofreria sério prejuízo.
Detalhando: a caderneta de poupança até o dia 4 de maio deste ano recebia como rendimento 6,17% (mínimo assegurado) ao ano + TR. A partir dessa data, a caderneta de poupança passou a receber como rendimento apenas 70% da taxa Selic fixada pelo Copom + TR. O que isso significa? Se a taxa Selic chegar, por exemplo, a 7,5% ao ano, o poupador da caderneta de poupança receberá menos de 0,5% ao mês. Veja se o quadro anexo o ajuda a entender melhor:
Para entender como funciona a complicada engenharia financeira da Selic, Tr, Copom, Cdb, juros e poupança na nossa economia, elaborei um curto texto e anexei uma imagem gráfica. Vejam: a caderneta de poupança foi criada por D. Pedro II em 1861. Ao criar um sistema nacional para atrair os pequenos poupadores, D. Pedro tratou de assegurar por lei que o governo sempre haveria de pagar 0,5% ao mês como rendimento mínimo da caderneta de poupança. Essa longa e histórica tradição, que perdurava desde os tempos do Império, acaba de ser quebrada pelo governo federal. Desde o dia 4 de maio deste ano, não está mais assegurado o rendimento de 0,5% ao mês para os depósitos em poupança. Ou seja: o rendimento poderá ser menor do que 0,5%. O objetivo dessa política é: 1º) Estimular o consumo (a poupança rende pouco, tire da poupança e gaste) É notória a queda da atividade econômica no país. 2º) Poder baixar a taxa de juros oficial do Banco Central (taxa Selic), sem ser obrigado a continuar pagando rendimento fixo às cadernetas de poupança, o que daria prejuízo ao governo. 3º) Evitar que investidores de outros fundos de investimento se transfiram em massa para a caderneta de poupança (o que fariam se o rendimento mínimo continuasse assegurado), situação em que o governo também sofreria sério prejuízo.
Detalhando: a caderneta de poupança até o dia 4 de maio deste ano recebia como rendimento 6,17% (mínimo assegurado) ao ano + TR. A partir dessa data, a caderneta de poupança passou a receber como rendimento apenas 70% da taxa Selic fixada pelo Copom + TR. O que isso significa? Se a taxa Selic chegar, por exemplo, a 7,5% ao ano, o poupador da caderneta de poupança receberá menos de 0,5% ao mês. Veja se o quadro anexo o ajuda a entender melhor:
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