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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A REAL DIMINUIÇÃO DA CALOTA POLAR: O QUE TEM DE POSITIVO E O QUE TEM DE NEGATIVO

É preciso olhar para o planeta com bom senso e realismo. Não adianta brigar com os fatos. Está havendo, realmente, uma redução, a cada ano, do bloco de gelo que constitui a calota polar: isso pode representar aumento de áreas cultiváveis e mais alimentos, acesso a metais preciosos no Canadá, Suécia, Alasca e Rússia, maior acesso a combustíveis fósseis nos Eua e Rússia, e ampliação de rotas comerciais que contornam o Polo Norte ligando muito mais facilmente a Europa Ocidental à Ásia. No entanto, se o bloco de gelo diminui de tamanho, a luz solar é absorvida pelo solo ou pelo mar, e não pela neve ou gelo, nesse caso o aquecimento da Terra é efetivamente maior; dá-se inevitavelmente um aumento do nível do mar e a consequente submersão de uma parte das margens dos continentes; a biodiversidade é afetada, alguns animais perderão seu habitat, outros ganharão, talvez; desaparecendo a camada de gelo, o gás metano que existe sob ela é liberado em maior quantidade, o que ajuda a aumentar a temperatura da Terra.





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UM JOVEM CIENTISTA, SUA PEQUENA HISTÓRIA ANÔNIMA E A GRANDE AMBIÇÃO HUMANA DE DESVENDAR O UNIVERSO

O jovem que fez este clip é um cientista. Ele não é mais do que um daqueles, digamos, pequenos e anônimos gênios, que costumam produzir as façanhas inacreditáveis da Nasa. Ele trabalhou por sete anos no projeto Curiosity, o jipe de observação que recentemente pousou em Marte após 8 meses e meio de viagem pelo espaço. Ao longo dos sete anos em que o projeto se desenvolveu, muita coisa mudou na vida dele. Ele viu seu primeiro filho nascer. Foi também nesse período que perdeu a mãe, que tanto amava. Quando o Curiosity ficou pronto para ser lançado ao espaço, ele já não era mais a mesma pessoa. Sua jovem e bela esposa e seu pai o acompanham nessa história, a história anônima de um jovem cientista e sua incontida emoção, ao ver o momento culminante de seu trabalho: um marco na história da ciência - e um passo decisivo para a grande ambição humana de desvendar o universo.
(clique no vídeo abaixo e veja - note: as legendas não constituem tradução literal, mas apenas um resumo livre das imagens)






BILL GATES: A EXCENTRICIDADE, O HUMANISMO E O TOALETE
 
O sr. Bill Gates, o homem que criou o Windows, e sua esposa, a sra. Melinda Gates, querem revolucionar o mundo com uma iniciativa social que para alguns pode parecer uma solução menor, banal e até - considerando que provém de um dos grandes cérebros do nosso tempo - um tanto quanto medíocre e inconsistente. No entanto, o projeto de Bill e Melinda é ambicioso em escala e profundidade: eles desejam mudar as condições de vida
 e saúde de 2.6 bilhões de seres humanos do planeta. Exatamente o quê eles prentendem? Bill e Melinda querem simplesmente reinventar o toalete. Se essa não é uma expressão entendida por todos, vamos deixar bem claro: Bill e Melinda querem reinventar a latrina. Um novo modelo de vaso sanitário dentro de um sistema sustentável: mais funcional, mais barato, mais acessível, mais limpo, mais reciclável. Doaram, com esse fim, através da Fundação Gates, 400 mil dólares a algumas universidades do mundo. Pesquisadores da China, Suíça, Holanda, Estados Unidos e Canadá estiveram reunidos esta semana com eles em Seattle.
Faz bem pouco tempo, tive a chance de ler o livro que recebi de meu amigo Eurico Salis: "Em casa - uma breve história da vida doméstica", do arquiteto e escritor inglês Bill Bryson. Bryson conta em sua obra que a maior atração da Grande Exposição de Londres de 1850 foi o vaso sanitário. Milhares de pessoas por dia, mais de 800 mil no todo, fizeram fila para ver a nova maravilha. A Inglaterra vivera os horrores da Grande Cólera. Trazida da Índia, a doença devastou a cidade em 1832 e causou grande mortandade. Ou seja: a latrina e o sistema de esgotos não foi um tema menor: foi, na verdade, um tema vital para a humanidade no epicentro das grandes transformações do século XIX. E continua sendo vital para muita gente, em vários quadrantes da Terra. Bill e Melinda poderiam usar sua incomensurável fortuna para oferecer prêmios charmosos, de grande repercussão na imprensa e na TV, que os colocaria sob a feérica luz dos holofotes. No entanto, o que os preocupa é a latrina. É, em outras palavras, a saúde humana. A saúde de pessoas para as quais ninguém olha, pessoas que não têm voz neste mundo. Algumas matérias sobre o assunto não escondem um certo desdém a algo supostamente tão simplório. É visível um certo tom de excentricidade nas notícias. Há quem diga que o projeto não passa de uma vulgaridade. Penso o contrário: Bill e Melinda podem ser excêntricos, mas há, na sua iniciativa, um singular, despojado e inegável conteúdo humanista. E isso, em minha humilde opinião, merece respeito.
(veja o clip abaixo:)


 
                                                                                                                                 

 


 


 
O DESIGNER DE PRODUTO: PROFISSIONAL CONTEMPORÂNEO IMPRESCINDÍVEL


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A partir da Revolução Industrial, a invenção e a inovação passaram a ser motor da economia. Aperfeiçoar produtos, industrializá-los e colocá-los no mercado - eis aí a essência da inovação: criar algo que seja mais útil, mais barato, tenha mais qualidade e - o que é essencial no nosso tempo - seja biodegradável ou passível de reciclagem. Alguns chamam isso de desenho industrial, ou projeto de produto. Há grande relevância em nosso tempo não só para o "design de produto" como também para o profissional que o produz, o "designer de produto". O designer de produto é o grande cérebro que produz os objetos, bens e utilidades de consumo que melhoram nossa vida. Ás vezes, no entanto, aparecem designers de produto tão criativos que a gente não pode deixar de achar engraçado o que eles propõem.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A CASA ELÉTRICA 

Filme de estréia de Gustavo Fogaça. Nesta sexta, 15h, no Festival de Gramado.
Uma história de triunfo e sofrimento. A vida fulgurante de Savério Leonetti, na Porto Alegre do princípio do Século XX. Sua paixão, seus sonhos e sua fantástica aventura de iniciar no sul do Brasil a indústria cultural da América Latina.
Clique abaixo e veja um novo clip: 


 

sábado, 11 de agosto de 2012


A SAGA EXTRAORDINÁRIA DE UM HOMEM DOMINADO POR SUA PAIXÃO
PELA PRIMEIRA VEZ PORTO ALEGRE VÊ O SEU PRÓPRIO PASSADO NA TELA DO CINEMA

 
Era a Primeira República. José Montaury governava a cidade. Uma época de grandes transformações. É nesse ambiente de início de século que Porto Alegre vive um dos momentos mais extraordinários e pouco lembrados de sua história: a epopéia de paixão, triunfo e sofrimento do imigrante italiano Savério Leonetti. Leonetti era um homem incomum, explosi
vo e obstinado e realizou um feito também incomum: fundou em Porto Alegre uma gravadora de discos e estabeleceu, no sul do Brasil, o primeiro marco da nascente indústria cultural da América Latina. Sua história de obstinação empreendedora e de ousadia, e seu amor tempestuoso por uma gaúcha, são narrados no longa-metragem "A Casa Elétrica", provavelmente o primeiro filme de época urbano realizado no RGS. Autor do filme: Gustavo Fogaça, o Guffo. Com Carmela Paglioli e Nicola Siri. Apresentação em Gramado, dia 17 de agosto.
(no clip abaixo: apresentação de cenas do set de filmagens, com fotos de Alexandre Berra e a música de apoio do filme, "Senza te", cantada por Isabela Fogaça, com letra e música de J.Fogaça)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

 A LUZ DAS ESTRELAS, CONTRA O RACISMO E EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Quando enxergamos à noite, no céu, a Primeira Centauro, na verdade é apenas o brilho da estrela Primeira Centauro de 4 anos atrás. Muitas das luzes que vemos no céu sejam, talvez, de estrelas que já morreram. Por que estou pensando nisso? O jornal New York Daily News de hoje, domingo, 5 de agosto, recordou em um canto de sua primeira página os 50 anos da morte da superestrela Marilyn Monroe, essa mulher absolutamente única, que capturou a imaginação de uma geração inteira, em toda a segunda metade do século XX. Pois essa mulher poderosamente fascinante, que arrastava multidões aos cinemas, deixou o mundo perplexo com seu suicídio na distante madrugada de agosto de 1962. Ninguém podia imaginar que, ao mesmo tempo, tratava-se da criatura mais indefesa, mais psiquicamente frágil e desprotegida em todo o formidável universo de poder e riqueza em que vivia. Li há alguns anos atrás, em sua biografia, que, ao tempo em que foi casada com o famosíssimo dramaturgo Arthur Miller, autor de "Morte de um Caixeiro-Viajante", peça encenada e reencenada milhares de vezes pelos palcos do mundo, ele (seu marido) foi perseguido e ameaçado pelo McCarthysmo e pelo famigerado Comitê de Atividades Antiamericanas. Colocando em risco sua já então fulgurante e milionária carreira, Marilyn posicionou-se com absoluta firmeza e solidariedade ao lado do marido. Em outra oportunidade, quando a magnífica cantora negra Ella Fitzgerald, no início de sua carreira, foi vetada na legendária Mocambo, a casa de espetáculos mais famosa de Los Angeles, nos anos 50, foi Marilyn quem intercedeu por ela. Disse que iria ao show todas as noites, enquanto Ella se apresentasse. Mesmo diante da possibilidade de ser boicotada por uma elite reacionária e conservadora, Marilyn não recuou. A boate ficou superlotada todas as noites e Ella Fitgerald foi catapultada para a condição de uma das maiores cantoras de jazz da história da música americana. A atriz Michelle Williams, interpretando Marilyn, foi indicada ao Oscar este ano. No escuro do cinema, adorei Marilyn Monroe em minha juventude. Hoje, eu a relembro com um tributo de admiração e respeito. Hoje, eu a reverencio por sua coragem cívica em defesa da liberdade de expressão e por sua grandeza humana na luta contra o racismo. Há seres humanos que nascem com tanto brilho, tanto carisma, tanta luz, que, mesmo após sua morte, essa luz continua viajando no espaço e chegando até nós, meio século depois. Como a Primeira Centauro. E como Marilyn Monroe.
(Abaixo, Marilyn e Arthur Miller, o homem por quem arriscou a vida e a carreira, em defesa da liberdade de expressão)

domingo, 5 de agosto de 2012

VIVER E DEIXAR VIVER: O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DA INTERNET
 
Que grande erro comete / Quem vem pra internet / Para fazer alarido / Disfarçado ou dirigido / De idéias pré-concebidas / Ou de obsessões mal-resolvidas. / Nesse mundo novo da internet / Se aprende, se brinca e pinta o sete / Mas vale a regra geral: / Respeito e cooperação é o fundamental / Com liberdade, como faz a garotada / Sem preconceit
o e carta marcada. / Assim, o pensamento circula, às vezes se repete / Mas toda impertinência se derrete. / Idéia fixa se esfacela / Facciosismo voa pela janela. / Estar na rede é ser livre, independente / Cada um sabe bem o que sente. / Na internet não se força a barra / Não se impõe nada na marra. / Não dá pra bancar a vedete / Cada um com o que lhe compete: / Feliz em seu querer / E consciente do seu fazer. / Se o que eu quero é só viver / Meu maior dever é deixar viver. / Pronto. Não tem truque nem feitiço / Não é preciso mais que isso. / E se disso você ainda não sabia / Use simplesmente a tecnologia / Veja como é incrível a internet / A gente dá na gente mesmo um reset / Volta, recomeça, reaprende do zero / No fim dá tudo certo, é o que eu espero. (JF)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A guerra do xis e do refri

MUDANÇA DOS VENTOS: FELIZMENTE (PARA UNS) E INFELIZMENTE (PARA OUTROS) NEM A COCA-COLA NEM O CAPITALISMO TERMINARAM NA BOLÍVIA

  
Nas imagens acima, o que os jornais disseram após as declarações
do Ministro David Choquehuanca.
(clique nas imagens para ampliar)


 
O governo boliviano desfez, há poucas horas, a notícia gerada por uma declaração do Ministro de Relações Exteriores, David Choquehuanca, de repúdio à Coca-Cola. O Ministro disse textualmente: a Coca-Cola e o capitalismo chegarão ao fim em 21 de dezembro. Notem: quem falou não foi qualquer pessoa, foi um Ministro de Estado
, o homem que tem a alta responsabilidade de conduzir os negócios externos do país. A palavra de um ministro tem que ser levada em conta. Foi o que os jornais fizeram. Mas a realidade, ao fim e ao cabo, é esta: a Coca-Cola não sairá do país de modo algum. O McDonald's, sim, já foi embora. Mas não porque haja ódio ao capitalismo nem porque a cultura local repudie o fast-food. Também não foi embora o McDonald's porque os padrões cerimoniais da cultura alimentar do povo boliviano reneguem a indústria do fast-food. Nenhum elemento da tradição alimentar e das raízes culturais do povo boliviano veio a tornar inviável a fortíssima presença do Burger King, do Subway, do Kentucky Fried Chicken e outras famosas cadeias de fast-food nacionais e internacionais. Que lá continuam operando a mil, e de forma olimpicamente capitalista: com vendas elevadas e altíssmo lucro. Aliás: como essa aversão cultural funcionaria contra o McDonald's e não contra seu irmão gêmeo Burger King? Como expulsar a Coca-Cola e manter no país a sua irmã gêmea, a Pepsi? Felizmente (para alguns) e infelizmente (para outros) nem a Coca-Cola nem o capitalismo terminaram na Bolívia. E felizmente (para alguns) e infelizmente (para outros) os fatos são os fatos: xis e refri continuam a ser um grande sucesso como empreendimento econômico na Bolívia.