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quinta-feira, 19 de abril de 2012


A INAUGURAÇÃO DO PROTAGONISMO POPULAR NO BRASIL

Getúlio Vargas, se vivo estivesse, faria hoje 130 anos. É curioso, mas a data de 19 de abril é raramente lembrada quanto ao ex-Presidente. O dia 24 de agosto, dia de sua morte, dia em que legou a Carta-Testamento ao país, tem sido escolhido como o momento mais significativo para as homenagens. Talvez por sua poderosa simbologia, associada à comoção do suicídio e à crise política que o antecedeu. Não é exagero dizer que Getúlio foi o mais importante líder político da era republicana. Getúlio esteve no centro da Revolução de 30 e a Revolução de 30 foi inquestionavelmente a esquina da modernidade para o Brasil. Ele foi o presidente que mais tempo permaneceu no poder. Nisso ninguém o superou, até nossos dias. Getúlio será sempre muito lembrado pelo nacionalismo industrial, pelo voto da mulher, pelas leis de proteção ao trabalhador. Mas em seu tempo ocorreu uma profunda transformação sociológica, que produziria notáveis efeitos nas décadas seguintes. Foi uma mudança no cerne, na essência, no âmago político do Brasil. É em sua época que as massas populares emergem como personagens influentes e ativas do processo político brasileiro. Até então, os grandes momentos de eclosão, conflito e ruptura eram originários exclusivamente das elites, como fora a própria revolução de 30 e o movimento dos tenentes de 22. É possível dizer que a era getuliana é também a era da inauguração do protagonismo popular no Brasil. E isso não foi pouco. Quem viveu, viu.


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                                                                             fonte:Prati