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quinta-feira, 5 de abril de 2012

EDISON, JOBS E GATES:


O IRRESISTÍVEL IMPÉRIO 


DA INOVAÇÃO E


 OS DESAFIOS DA SAGACIDADE 





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Thomas Edison não foi apenas um cientista, um pesquisador, um inventor de laboratório, como imaginamos. Thomas Alva Edison foi, sim, um empresário sagaz e inovador. Inovação não é apenas inventar um novo produto. Mudar processos e sistemas também é inovação. Mudar - por exemplo - o modo como os consumidores se relacionam com um bem, com uma mercadoria ou com um serviço - aí pode estar o segredo de um novo e retumbante sucesso. Por volta de 1881, Chicago tinha 12 pequenas plantas geradoras de energia em diferentes locais da cidade, cada uma alimentando apenas as casas da vizinhança. Era um sistema extremamente caro e ineficiente, do qual só as famílias mais abastadas podiam usufruir. Edison e seus engenheiros perceberam que, nesse caso, o segredo estava na logística e na distribuição. Em vez de continuar trabalhando com pequenas plantas, construíram uma gigantesca central geradora de energia elétrica. Através de um sistema altamente ramificado de postes e fios, levaram eletricidade a custo baixo a todos os bairros da cidade e até a cidades vizinhas. Como num passe de mágica, de repente tornou-se possível iluminar milhares de residências. Edison tornou-se da noite para o dia - literalmente - o homem mais rico do alvorecer do século XX.

Bill Gates é o grande bilionário da era do computador pessoal. Seu sistema operacional Windows foi idealizado para administrar arquivos e programas dentro de uma máquina que funciona individual e isoladamente. Nisso, aliás, é imbatível. Todos os seus concorrentes, seja por razões monopolistas de mercado, seja por inovação tecnológica, deram com os burros n'água.
Nos últimos tempos, no entanto, Gates tem entrado em parafuso. Seu grande pesadelo não são os tablets e smartphones. Mas sim uma mudança logística profunda que ocorre de forma acelerada há mais de uma década e seus estrategistas e gênios de marketing demoraram para perceber. Seu pesadelo é a Nuvem. 


A Nuvem está mudando a forma como as pessoas se relacionam com seu computador e com toda a tecnologia da informação. Simplesmente porque há cada vez menos necessidade de guardar os arquivos, dados e programas de cada um em seu computador particular. É mais fácil utilizar o sistema de "nuvem": grandes servidores de armazenamento de dados que podem ser acessados de qualquer lugar, onde quer que o usuário se encontre: num parque de uma grande cidade, em casa ou no banheiro de um aeroporto. O Youtube, por exemplo. Para que guardar vídeos pessoais em meu computador, se posso armazená-los em um canal do Youtube e acessá-los a qualquer hora? Nossas fotos agora estão no Flickr ou no Facebook. Se precisamos de restaurantes, enciclopédia ou mapas, basta acionar o Google. 

As grandes corporações estão de olho: o eixo dos negócios mais rentáveis do futuro passa por essa esfera de relações propiciada pela Nuvem. É um tsunami de 160 bilhões de dólares. É a planta nuclear da era da informação. Jobs teve a sagacidade de criar o iCloud um pouco antes de sua morte. Mas o poderoso e insubmissível Windows, de Gates, que durante duas décadas esteve praticamente alojado em 90% dos computadores do mundo, pode tornar-se um programa cada vez menos necessário. E caminhar para a obsolescência ou extinção. São os desafios da sagacidade nesse irresistível império da inovação.